Ordenação das mulheres
A notícia de que nove mulheres se teriam “ordenado” no Canadá reabriu o debate sobre a ordenação das mulheres. Questiona-se os motivos bíblicos, morais, sociais para que este sacramento seja inconcebível pelo Vaticano.
São vários os motivos para tal posição. A igreja baseia-se no principio que Jesus escolheu doze homens como apóstolos. Os representantes da igreja são, por conseguinte, sucessores destes.
Tomando exemplos da Bíblia, já o apóstolo São Paulo dizia: “A mulher aprenda o silêncio, com toda a sujeição. Não permito porém que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio… Salvar-se-á dando a luz filhos se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação”.
Agora retirado do seu contexto histórico parece-nos completamente retrógrado. No entanto, não podemos esquecer que os apóstolos receberam estas ideias por inspiração divina. Logo, estaríamos a questionar as próprias intenções de Deus.
O Papa João Paulo II pronunciou-se sobre a questão, e recusa a ordenação das mulheres. Fala das intenções de Jesus: “ Confiou somente aos homens o dever de ser “ícone” da igreja, através do exercício do Sacerdócio ministral, isto no entanto, não retira o papel das mulheres”. Tomando uma posição terminante: “Declaro que a igreja não tem absolutamente faculdade de conferir a ordenação sacerdotal as mulheres e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fieis da igreja”.
Porém, a luta continua. Assim, noticiou-se que nove mulheres ( uma canadiana e oito americanas) receberam o sacramento numa cerimónia no rio Saint-Laurent, Guananoque, Canadá. A notícia foi contestada pelo Arcebispo de Kington que declarou que “as pessoas não têm autoridade para fazer ordenações”. A cerimónia, realizada num barco por quatro padres e cinco diáconos, não é um caso isolado. Em 2002, realizou-se uma idêntica sendo o próprio Ratzinger (actual papa) a excomungar essas mulheres.
Não podemos, no entanto, minimizar a luta e o papel das mulheres na igreja. Elas administram a comunhão, têm a cargo a catequese, as reuniões de jovens, a preparação de celebrações, as assembleias de fieis. Sem esquecer as tarefas que por elas são realizadas como a limpeza e a decoração do local de culto, o coro….
Surge então a questão: Não será merecido conferir-lhe o mais sagrado dos sacramentos? Pela sua importância na propagação, fidelização da fé cristã, e a luz da realidade vivida nos seminários que estão se esvaziando tornando a renovação problemática, não será a altura de dar a oportunidade a quem sinta que o sacerdócio é a sua vocação, a sua missão?
Admito que os argumentos do Vaticano são válidos e dificilmente contestáveis. Porém, não se pode esquecer que passaram quase 2000 anos após estes escritos.
Concluímos que no evangelho nada nos diz que a vontade de Jesus era a ordenação das mulheres, no entanto não diz o contrário. A questão mantém-se.
São vários os motivos para tal posição. A igreja baseia-se no principio que Jesus escolheu doze homens como apóstolos. Os representantes da igreja são, por conseguinte, sucessores destes.
Tomando exemplos da Bíblia, já o apóstolo São Paulo dizia: “A mulher aprenda o silêncio, com toda a sujeição. Não permito porém que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio… Salvar-se-á dando a luz filhos se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação”.
Agora retirado do seu contexto histórico parece-nos completamente retrógrado. No entanto, não podemos esquecer que os apóstolos receberam estas ideias por inspiração divina. Logo, estaríamos a questionar as próprias intenções de Deus.
O Papa João Paulo II pronunciou-se sobre a questão, e recusa a ordenação das mulheres. Fala das intenções de Jesus: “ Confiou somente aos homens o dever de ser “ícone” da igreja, através do exercício do Sacerdócio ministral, isto no entanto, não retira o papel das mulheres”. Tomando uma posição terminante: “Declaro que a igreja não tem absolutamente faculdade de conferir a ordenação sacerdotal as mulheres e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fieis da igreja”.
Porém, a luta continua. Assim, noticiou-se que nove mulheres ( uma canadiana e oito americanas) receberam o sacramento numa cerimónia no rio Saint-Laurent, Guananoque, Canadá. A notícia foi contestada pelo Arcebispo de Kington que declarou que “as pessoas não têm autoridade para fazer ordenações”. A cerimónia, realizada num barco por quatro padres e cinco diáconos, não é um caso isolado. Em 2002, realizou-se uma idêntica sendo o próprio Ratzinger (actual papa) a excomungar essas mulheres.
Não podemos, no entanto, minimizar a luta e o papel das mulheres na igreja. Elas administram a comunhão, têm a cargo a catequese, as reuniões de jovens, a preparação de celebrações, as assembleias de fieis. Sem esquecer as tarefas que por elas são realizadas como a limpeza e a decoração do local de culto, o coro….
Surge então a questão: Não será merecido conferir-lhe o mais sagrado dos sacramentos? Pela sua importância na propagação, fidelização da fé cristã, e a luz da realidade vivida nos seminários que estão se esvaziando tornando a renovação problemática, não será a altura de dar a oportunidade a quem sinta que o sacerdócio é a sua vocação, a sua missão?
Admito que os argumentos do Vaticano são válidos e dificilmente contestáveis. Porém, não se pode esquecer que passaram quase 2000 anos após estes escritos.
Concluímos que no evangelho nada nos diz que a vontade de Jesus era a ordenação das mulheres, no entanto não diz o contrário. A questão mantém-se.
Sylvie Oliveira
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