http://www.makepovertyhistory.org O Mal da Indiferença: CIDADANIA como estilo de Vida

terça-feira, março 21, 2006

CIDADANIA como estilo de Vida



“Ser homem é ser responsável. E conhecer a vergonha diante da miséria que parece ser dependente de nos… é sentir, ao colocar a nossa pedra que estamos a contribuir na construção de um mundo”
Saint – Exupéry.



Numa sociedade cada vez mais individualista sente-se uma urgência de repensar no termo cidadania. Perante os desafios e as problemáticas actuais impõe-se uma tentativa de resolução colectiva. É altura de repensar qual é o nosso papel na sociedade, como de alguma forma podemos contribuir para uma mudança.
É preocupante o panorama actual, a baixa participação em associações, e o desinteresses pela vida politica. Ser cidadão passa por ser agente de mudança, não se limitar a ser um espectador passivo da realidade que o circunda, é uma forma de encontrar uma forma de viver juntos tendo sempre presente o objectivo principal: o bem comum.
Não é só a participação na sociedade, é uma postura, uma filosofia de vida. É necessário olhar com olhos de ver, é necessário abrir os olhos. Exige uma resposta do dia-a-dia, ditada pelos valores da nossa sociedade, exige responsabilidade de cada um sendo esse interesse de todos. Não podemos esperar que estas transformações sejam feitas por outros, cada um tem de dar o seu contributo.
Na sociedade de futuro precisamos de cidadãos com mais capacidade, com mais conhecimentos para discutir e se defender. Sendo o panorama actual um mosaico cultural, para quebrar a fragmentação da sociedade devemos respeitar os valores, a cultura, a religião de cada um. Assim o multiculturalismo se tornará numa riqueza, neste sentido a redescoberta da cidadania deve permitir que cada um encontra o seu lugar, fala-se de “cidadania mundial”. Cada pessoa se torna um cidadão do mundo com deveres e direitos. Esses direitos como a igualdade, a segurança, o educação, enfim as condições mínimas de vida.
Assim o contributo de cada um, possibilita a esperança de uma sociedade mais igualitária, acredito que uma mudança ainda seja possível e depende de um esforço conjunto de todos.

Sylvie Oliveira

14 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ser Cidadão é ser portador da regra e da liberdade ao mesmo tempo. Ser livre pelo pleno cumprimento não só de um conjunto de deveres mas também de obrigações! Se a regra é obrigatória, é porque a Humanidade precisa urgentemente de mudança nao apenas social mas também que parta da consciencia! Parabéns Sylvie! "É urgente ser cidadão!"
Ana

14:40  
Anonymous Anónimo said...

Porque ser cidadão é ter acima de tudo uma consciência crítica, julgo que agora posso comentar com pertineência o vosso blog.
A verdade é que uma "má prática" de cidadania, é que as pessoas insitem em falar e opinar sobre aquilo que desconhecem por inteiro.
Quantos estudantes fazem greves apenas porque todos os outros fazem? Quantas pessoas se deixam ir com a corrente? Presencia-se uma sociedade anomizada onde o que domina são as massas e poucos são os que continuam individualizados.
Não quero porém, afirmar que nos devamos fragmentar em indivíduos isolados, apenas censuro o conjunto de pessoas que faz as coisas por fazer, por fazer com as massas, porque a massa o faz.
Acredito que uma redescoberta da cidadania terá de passar um pouco por aqui: por pessoas conscencializdas, que fazem algo não porque todos os outros fazem, mas porque julgam que enquanto cidadãos o devem e o podem fazer.
Seja lutar por Bolonha, seja lutar pela paz, pela igualdade entre homens e mulheres, seja pelo respeito entre Homens. Não façamos as coisas por fazer, façamos porque lhes atribuimos valor.

16:21  
Anonymous Anónimo said...

Hoje houve uma RGA em Guimarães! Quem participou nela???

19:36  
Blogger Marcos Sabino said...

Eu fui

10:06  
Blogger Marcos Sabino said...

ui... só agora reparei

A igualdade entre sexos é uma realidade na sociedade portuguesa?
Sim
Não

Ké k vcs pretendem com isto? se o "sim" ganhar o k vai acontecer? devem ser sempre as mesmas 3 ou 4 pessoas que votam uma vez por dia...

10:10  
Anonymous Anónimo said...

Mas estou com voces: as mulheres são exploradas.

Um forte abraço

10:13  
Blogger SempreFeministas said...

A nossa pretensão é conhecer a opinião dos nossos visitantes, quanto ao numer de vezes que as pesssoas votam não podemos verificar.

11:52  
Anonymous Anónimo said...

Quanto ao segundo comentário, agradecia a não usurpação de identidade. Obrigada pelo abraço e pelo apoio. Pedro continua a visitar o blog.

12:03  
Anonymous Anónimo said...

Acreditamos que é nas nossas mãos que reside o poder para derrubar os muros que impedem a mudança. E é na consciencia de que esta se processa um pouco em cada dia que se encontra o segredo para não desanimar.

Parabens pelo Blog. Os textos e reflexões estão excelentes.

16:25  
Blogger Marcos Sabino said...

tão e novo post? kisses

12:39  
Blogger SempreFeministas said...

Falta de tempo. Obrigada pela assiduidade.

Sylvie

12:50  
Anonymous Anónimo said...

de Manuel Baptista
manuelbap@yahoo.com
para
Sylvie Oliveira
SylvieO6@hotmail.com

«Numa sociedade cada vez mais individualista sente-se uma urgência de repensar no termo cidadania.»
O termo cidadania tem sido utilizado de forma perversa por muitos para substituir a noção de luta de classes. Não digo que seja essa a tua intenção. Apenas ter consciência disso. Nós vivemos numa sociedade de exploradores (muito poucos) e explorados (a grande maioria).
«Perante os desafios e as problemáticas actuais impõe-se uma tentativa de resolução colectiva.»
A verdadeira problemática é a da emancipação do ser humano, face ao capital, que é o principal obstáculo a vivermos em harmonia entre os sexos. Embora a sociedade onde predomina a família patriarcal tenha existido também, no passado, em sociedades não capitalistas, o facto é que o principal apoio para esta é sem dúvida, hoje em dia, o capitalismo.

« É altura de repensar qual é o nosso papel na sociedade, como de alguma forma podemos contribuir para uma mudança.»
Luta pela verdadeira mudança é lutar pela revolução social.

«É preocupante o panorama actual, a baixa participação em associações, e o desinteresses pela vida politica.»
A sociedade do espectáculo, do consumo e do hedonismo, assim como a alienação maciça produzida pelos média ao serviço do capital encorajam constantemente essa atitude passiva, sendo porém frequente também muitas fugas à realidade que se fazem passar por atitude activa e não realidade não o são.
«Ser cidadão passa por ser agente de mudança, não se limitar a ser um espectador passivo da realidade que o circunda, é uma forma de encontrar uma forma de viver juntos tendo sempre presente o objectivo principal: o bem comum.»
“Ser humano” ... em vez de “Ser cidadão”: com efeito o cidadão define-se por exclusão; por exclusão de quem, dos que não o são; dos que não têm direito a voto, dos que não têm direito ao estatuto de cidadãos. Se a cidadania fosse universal, em toda a Terra, eu estaria de acordo com o conceito de cidadania. Mas então, nessa circunstância, o termo deixava de fazer sentido, porque era igual a ser “um humano”!

«Não é só a participação na sociedade, é uma postura, uma filosofia de vida.»
A participação que propomos:
A de seres conscientes e auto organizados, unidos para um fim concreto, mesmo que distante, o de acabar com todas as injustiças, todas as desigualdades, todas as opressões!
«É necessário olhar com olhos de ver, é necessário abrir os olhos. Exige uma resposta do dia-a-dia, ditada pelos valores da nossa sociedade, exige responsabilidade de cada um sendo esse interesse de todos. Não podemos esperar que estas transformações sejam feitas por outros, cada um tem de dar o seu contributo.»
Sim, de acordo, cada pessoa tem de se tornar activa, tem de assumir que a libertação das suas cadeias não pode ser deixada para os outros, a sua emancipação será auto-emancipação ou então não o será verdadeiramente!!

18:37  
Anonymous Anónimo said...

Olá!Acredito que é em cada um de nós, que está a capacidade para alterar o rumo da nossa sociedade.A mudança, e a redescoberta de uma cidadania responsável,deve com certeza ser feita, e por nós jovens, para que gerações vindouras encontrem um melhor panorama social.Na minha opinião temos que partir de uma maior preocupação e participação no mundo em que estamos inseridos, nomeadamente o mundo universitário. Temos que participar responsavelmente, digo responsavelmente, porque actualmente assiste-se a uma despreocupação e irresponsabilidade por parte dos jovens no que diz respeito a sua participação activa no mundo, nomeadamente no que diz respeito ao acto de votar, votam, porque votam, porque toda a gente vota, não se vê uma real preocupação em informar-se,para que possam usufrir deste direito, responsávelmente.Outra das coisas, e no âmbito do mundo universitário, uma questão mais actual,em que me impressiona o desinteresse e despreocupação, pelo menos no meu curso,é a questão do processo de Bolonha.É necessário que todos se preocupem, se informem,e que ajam responsavelmente,visto que é algo que nos vai afectar num futuro cada vez mais próximo.
É necessário redescobrir o conceito de cidadania, de ser cidadão, com toda a consciência crítica, e com tudo o que estas palavras acarretam, como direitos, deveres, participação, responsabilidade...
Parabéns pelo texto Sylvie!

15:25  
Blogger Unknown said...

eu acho assim que acidadania ecuida da nossa cidade

15:24  

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