http://www.makepovertyhistory.org O Mal da Indiferença: Uma mulher candidata à presidência: fim da desigualdade de tratamento de géneros?

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Uma mulher candidata à presidência: fim da desigualdade de tratamento de géneros?



“ É mais dificil para uma mulher…Nenhum homem com o meu percurso teria sido posto em causa “

Segolène Royal
Candidata a presidência da República

As criticas a candidata socialista francesa Segolène Royal têm sido ferozes, o mínimo erro de gramática, um mínimo gesto é analisado. De facto a candidata tropeçou numa pergunta sobre o número de submarinos existentes em França, mas isso não significa que é incapaz e muito menos que não tem nada a dizer como muitas a acusam.
Foi três vezes ministra e quatro vezes deputada, actualmente é Presidente do conselho regional de Poitou-Charentes. Trabalhou sete anos ao lado do antigo Presidente da Republica François Mitterrand. No entanto é muitas vezes pintada como se não possuísse nenhum conhecimento político, como se tivesse sido escolhida por estar na moda eleger mulheres e que se limita a decorar os textos para as conferências. O seu mérito e valor são constantemente postos em causa, sem esquecer o rol de piadas sexista a que é alvo.
Durante um programa francês “J’ai une question a vous posez” que ocorreu no dia 19 de Fevereiro, em que pessoas são seleccionadas e de seguida podem fazer perguntas em directo, teve mais uma vez de se justificar sobre as suas competências. Muitos esperavam vê-la fracassar ou porque não possui retórica ou por ter-se destabilizado com as sondagens que lhe eram desfavoráveis.
Contra estas expectativas conseguiu de uma forma clara e sincera argumentar as suas ideias e esquivar-se de alguns ataques. Sendo o seu marido François Holande ser secretário-geral do partido socialista questionaram-na se de facto iam governar os dois e de que forma iam separar os poderes. Recusou responder sobre a sua vida privada.
Governar os dois? Continuo sem perceber estamos a falar de uma candidata e não do seu marido. Por ser mulher não consegue tomar decisões sozinhas? Continuo a afirmar que se a um homem nunca se tinha levantado tais questões.
Não se trata de uma questão de partido político, nem pretendo dizer que devia vencer só por ser mulher. Trata-se de tratamento igual entre os géneros, o que na minha opinião não está a ser conseguido nesta campanha.
Sylvie Oliveira

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

ola sylvie
sim como tu o dizes tao bem deve de ser por ser uma mulher que ela é criticada dessa maneira vi uma emisao no canal françes m6 "T'empeche tout le monde de dormir" onde a criticavao sobrea maneira de ela se vestir por nao ser roupa de grande criadores de moda eles até vao a esse promenor.Para eles deserto as marcas de roupas sao mais importantes de que o que a pessoa diz. Se ela passar nas eleiçoes nao vai ser nada facil para ela vao ve la o microscopio. Mas infim que passe ou nao ja é muito bom de ver que as mulheres conseguem incomodar tanto os outros por a vontade que elas tem de chegar onde ELES chegao ou melhor dito muitos nao fizerao metade de o que ela feze e a de fazer.
Descalpas me os erros de portugues mas como sabes nao é facil exprimir me em portugues.

beijos

21:36  
Anonymous Anónimo said...

Homem ou Mulher...na política vale tudo. Vocês pensam mesmo que ela é diferente dos restantes políticos por ser mulher? O facto de ter sido ajudante de Miterrand, um homem responsável pelo tráfico de armas para Àfrica, já diz alguma coisa...E se isso não bastar olhem para as restantes mulheres que chegaram ao poder: Margaret Tatcher,iniciou a guerra das Malvinas e destrui direitos laborais; Condolezza Rice (esta negra ainda por cima!) fomentadora da guerra do Iraque; Angela Merkel, responsável pelos piores cortes na educação, saúde e segurança social na Alemanha...Nenhuma alguma vez fez alguma coisa sequer pelas mulheres, e a Segolene não será diferente. Porque os interesses da classe política apenas tem um objectivo: manter o domínio dos ricos e a submissão d@s tralhador@s.

Saúde e Anarquia

03:41  
Anonymous Anónimo said...

Não disse que ia ser diferente nem melhor em politica por ser mulher. Este comentário foi pela forma de tratamento a que ela é alvo que na minha opinião foi discriminação. Agora não pretendo dizer que mais competente do que outro politico, só não aprecio que a julgam mais incompetente por ser mulher.

11:35  
Anonymous Anónimo said...

oi
mais um anonimo!
Seras que agora é a moda de nao dar a cara o que se diz?

14:05  

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