Olhar o FEMINISMO: parte II
Os contributos literários de teor reivindicativo de Olympe de Gouges e Mary Wollstonecraft, no século XVIII, inauguraram o pensar e sentir feminista, mas a assunção efectiva do feminismo enquanto movimento só aconteceu com a aprovação da Declaração de Seneca Falls, nos EUA, em 1848.
Com efeito, este documento apresentou, pela primeira vez, a filosofia feminista, denunciando paralelamente os cárceres discriminatórios impostos às mulheres, nomeadamente a recusa em outorgar-lhe o direito ao voto.
“A História da Humanidade é a história das repetidas vedações e usurpações por parte do homem em relação à mulher, e cujo objectivo directo é o estabelecimento de uma tirania absoluta sobre ela”. [Declaração de Seneca Falls, 1848]
“Privaram-na deste primeiro direito de todo o cidadão, o sufrágio, deixando-a, assim, sem representação nas assembleias legislativas, oprimiram-na desde todos os ângulos”.
No século XIX, as mulheres não detinham qualquer estatuto nas esferas pública e privada nos EUA. Quando eram solteiras, viviam sob a autoridade da figura paterna; quando contraíam matrimónio, os seus maridos tornavam-se os seus representantes. Independentemente do seu estado civil, as mulheres estavam desprovidas de vontade própria e subordinadas ao comando masculino como se tratassem de marionetas.
Com efeito, este documento apresentou, pela primeira vez, a filosofia feminista, denunciando paralelamente os cárceres discriminatórios impostos às mulheres, nomeadamente a recusa em outorgar-lhe o direito ao voto.
“A História da Humanidade é a história das repetidas vedações e usurpações por parte do homem em relação à mulher, e cujo objectivo directo é o estabelecimento de uma tirania absoluta sobre ela”. [Declaração de Seneca Falls, 1848]
“Privaram-na deste primeiro direito de todo o cidadão, o sufrágio, deixando-a, assim, sem representação nas assembleias legislativas, oprimiram-na desde todos os ângulos”.
No século XIX, as mulheres não detinham qualquer estatuto nas esferas pública e privada nos EUA. Quando eram solteiras, viviam sob a autoridade da figura paterna; quando contraíam matrimónio, os seus maridos tornavam-se os seus representantes. Independentemente do seu estado civil, as mulheres estavam desprovidas de vontade própria e subordinadas ao comando masculino como se tratassem de marionetas.
“Moralmente converteram-na num ser irresponsável, já que pode cometer qualquer delito com impunidade, desde que seja cometido na presença do marido”.
Na segunda metade do século XIX, os EUA concederam o voto aos escravos libertados, mas mantiveram a exclusão das mulheres. Em resposta ao sucedido, a redactora da Declaração de Seneca Falls, Elisabeth C. Stanton, e a feminista Susan B. Anthony fundaram a primeira associação do feminismo radical americano – a National Woman Suffrage Association –, em 1869.
O esforço e veemência investidos nas reivindicações pelas norte-americanas deram o seu primeiro fruto, em 1920, com a extensão do direito ao voto às mulheres. Esta vitória não escondeu, contudo, as sucessivas e amargas disputas e as futuras batalhas que se iriam travar em nome de uma Igualdade ignorada pela maioria.
Anabela Santos
Etiquetas: Declaração de Seneca Falls, Elisabeth C. Stanton, Susan B. Anthony
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home