http://www.makepovertyhistory.org O Mal da Indiferença: Cavalheirismo medíocre?

terça-feira, outubro 30, 2007

Cavalheirismo medíocre?

O Shopping 8ª Avenida de São João da Madeira entregou-se à inovação!
Com o propósito de ajudar as incapazes condutoras portuguesas, o centro comercial criou lugares de estacionamento próprios para mulheres. Mais largos do que os normais (cerca de um metro), têm uma largura superior aos que são reservados aos cidadãos com deficiência, que necessitam de mais espaço para a utilização de cadeiras de rodas.
Num parque com 1400 lugares, os que são destinados às mulheres encontram-se junto dos espaços reservados a grávidas e a mulheres com crianças, famílias numerosas e a pessoas com deficiência, assinalados a cor-de-rosa (conforme a cartilha sexista).
Preocupado com a segurança das suas clientes, o dito Shopping reserva-lhes ainda uma outra regalia: os lugares exclusivos para as mulheres estão mais próximos da entrada do centro comercial de modo a auxiliá-las em caso de excesso de compras (porque só as mulheres vão às compras!) e conferir-lhes mais segurança (porque só elas são vítimas de assaltos!).
Gentileza”. É, precisamente, com este substantivo que a Direcção do Shopping 8ª Avenida justifica a cedência de lugares a mulheres. Perdoem-me a discordância, mas no meu léxico encontro um vocábulo muito mais curial: Estupidez!
Mas a ridicularia não fica por aqui! No Shopping de São João da Madeira, copioso em originalidade (leia-se imbecilidade), os WC’s masculinos ostentam, por detrás dos urinóis, uma estante em vidro onde estão inúmeros manequins vestidos e em poses sensuais. Permitam-me a pertinência, mas qual é o objectivo desta vez? Trata-se, novamente, de uma questão de “gentileza”?!
Não obstante a pobreza do episódio, devo confessar que saí enriquecida a nível lexical. Fiquei a saber que o substantivo “gentileza” pode significar estupidez, imbecilidade, discriminação, cavalheirismo medíocre (ups, desculpem-me a redundância!).

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5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Saudações...
Após prolongada ausência da minha parte enquanto visitante do vosso blog, é com alguma perplexidade que "regresso", e me deparo com mais um assunto dispensável (quando o tema do blog em si é "o mal da indiferença"...)...
Já me deparei com enumeras "queixas" acerca deste episódio, na Internet, jornais, blogs.
Será que é assim tão "discriminatório"..?
Se realmente o é... Porque apontar "baterias" aos "cavalheiros"..?
Sim, porque, caso ainda não estejam ao corrente (e desmentindo aquilo que muitas vezes dizem...), já há mulheres no "poder"....
Assumindo todas as diferentes posições, em todos os diferentes cargos, em todas as empresas....
Então faça me um favor, você, e outras pessoas que agem despropositadamente, infundadamente, sem se informarem de antemão daquilo que vão tentar desenvolver (defendendo os seus interesses) (,) (nada mais que os seus interesses), leiam, informem-se, por muito difícil que isso seja...
Uma dica! Tentem descobrir quem esta por detrás disto tudo, quem teve as ideias, e quem elaborou e colaborou com este processo, porque o "José Duarte Glória" não fez tudo sozinho....
(e já agora, pelos nomes das pessoas tentem "desmascarar" o sexo delas........"
Quanto aos "WC", enfim!!
Há outro shopping com o mesmo género de "decoração", mas em vez de manequins, têm fotos, só de cara...
Não vejo grande mal nisso, mas nessa situação, vendo o caso em si, penso que têm o direito de "reclamar"...
Neste caso sim houve "discriminação" (da parte de toda a organização do C.C, não só da parte dos "cavalheiros"), pois não se agiu em igualdade de critérios para ambos os lados... Deveriam colocar o "mesmo" tipo de "decoração" nos "WC"femininos, ou optar por fazer de outra forma em ambos....
Fico, porem meditabundo, pois acho que o pior mal que dali advêm e o facto de, algumas crianças tenham que utilizar esses mesmo "WC", e, algumas ficarem, de certo modo, "chocadas"/incomodadas com aquele aparato...
Mas claro, para vocês...isso é indiferente...
É mais chocante para vocês, abominável mesmo, estar um manequim feminino num "WC", só por estar... Um acto de "estupidez, imbecilidade, discriminação, cavalheirismo medíocre"...
Permitam me que diga... É "O Mal da Indiferença"!!
Com os devidos cumprimentos...

00:19  
Anonymous Anónimo said...

Caro Phillipe,

Ainda bem que os nossos posts não o deixam indiferente. Gostamos de ouvir posições opostas, mas nunca contraditórias. Argumentos sem factos não, caro Phillipe.

Quanto ao facto do assunto ser para si dispensável, para nós é indispensável e não é por isso que paralisamos face a divergências ininteligiveis e sem qualquer propósito. Sim porque, quer queira quer não a luta feminista vai continuar e a luta pela igualdade ainda não terminou. Dispensáveis são argumentos apáticos, pálidos e pouco claros como os seus.

De facto, estamos perante uma atitude discriminatória, na sua verdadeira essência, quer seja clara para si ou não seja. Mesmo assim, passamos a explicar tamanha discriminação: pelo facto de uma mulher ter direito, exclusivamente, a um estacionamento mais largo e por o mesmo estar situado junto à saída, porque só as mulheres são alvo de assaltos, nas mentes breves e pouco esclarecidas, isto não se traduz num acto de “boa vontade”, mas num acto de diferenciação de género e não de igualdade. Quer-me explicar de outra forma?!

Quanto ao “poder” enunciado julgo que neste contexto, o mesmo, é de todo despropositado, mas claro que nós temos uma posição relativamente a esta ideia. Meu caro, algumas mulheres conquistaram posições no mercado de trabalho, mas a chefia e os cargos de maior prestigio são atribuidos, maioritariamente, ao sexo masculino. Quer-me explicar de outra forma?! Eu explico da mesma forma com mais argumentos: as mulheres têm vindo a ocupar alguns cargos que só até então estavam confinados ao sexo oposto, mas por tempo muito restrito. Sabe porquê? Porque a maternidade, em algumas Organizações é sinónimo de deslealdade perante o cargo ocupado e se há uma falha temporária, quem vem a ocupar esse cargo não é a mesma mulher e surge, por gentileza, uma nova oportunidade: concessão de lugar ao homem (para mim, a oportunidade de sempre).

Meu caro, a sua intenção é passar um atestado de ignorância?! Citando-o considera que agimos sem propósito sem nos informarmos “de antemão daquilo que (...)[ tentamos] desenvolver (defendendo [os nossos] interesses)”! Deixe-me que lhe diga que se a sua intenção, contrariamente à nossa, é humilhar-nos e ganhar um diploma criando um estado de fraqueza e de incompetência sobre quem critica, luta e se move activamente pelos direitos humanos, digo-lhe de passagem que é um jogo nulo, ou não sejamos nós conhecedoras do significa da “indiferença”.

Como vê: em nada argumenta, em tudo crítica, em tudo que escreve se mostra incoerente e pouco esclarecido, mas nós esclarecemos, sem sombra de dúvida!

Quanto aos potenciais responsáveis por este tipo de iniciativas em Portugal sabemos muito bem de quem se tratam, agradecemos a sua pouca ou muita informação, mas todos nós temos o direito exclusivo às páginas amarelas! Obrigado pelo seu cunho pessoal, mas já sabiamos que a elas, também, tinhamos direito!

Relativamente à decoração dos wc’s gostaríamos de lhe dizer que “bolinha preta não é bolinha branca”, ou seja, gostaria de ficar esclarecido em relação à diferença entre vitrines insufláveis, “caras” e “fotos” ? Pois bem, mesmo que não queira, tomamos a iniciativa: há caras que são universais, há fotos propositadas para determinado contexto, mas bonecos insufláveis fora do contexto?! Bem, estes últimos devem conceder um prazer enorme a quem os defende, mas no nosso ver não há prazer algum, apenas exploração da figura feminina ou mesmo que não o seja uso discriminado da mulher. Encontra alguma funcionalidade no uso da imagem feminina?! Então, porque a advoga?
Bem, quando defende que as imagens poderão chocar ou incomodar as crianças, está a mostrar, de antemão, que as mesmas são despropositadas para uma massa vulnerável. Não é assim mesmo? Mas diga-me, não há homens que se chocam com este tipo de vitrines?
Como vê, a sua defesa é totalmente contraditória, porque a nossa posição vai no sentido de abolir esta iniciativa, porque choca o sexo menosprezado essencialmente pelo uso alusivo a si mesmo, assim como homens, crianças, idosos, ou quem quer que seja! Desta forma, a luta feminista é uma luta universal, pelo que poderá vir a beneficiar todo o mundo.

Medíocres continuarão a ser críticas pouco claras, que deixam marcas ou sinais só por tendência e por mero acaso.

Atenciosamente,
Membro do grupo feminista:
Ana

20:09  
Anonymous Anónimo said...

Ana,

Acredite seriamente que não me deixam indiferente.. Pois partilho da mesma ânsia de igualdade, liberdade, e ate mesmo punição que vocês..

Quanto ás divergências “ininteligíveis e sem qualquer propósito” acho que deveria tentar ler o que escrevi.. Não redigi nada de ininteligível, muito menos algo desprovido de propósito…

“Sim porque, quer queira quer não a luta feminista vai continuar e a luta pela igualdade ainda não terminou.”- apoio a(s) totalmente nesta luta.
O resto do parágrafo não merece da minha parte qualquer comentário, pois se encontra desadequado..

Quanto á suposta “discriminação”, cada um terá que avaliar por si.. até porque, eu não me insurgi tão drasticamente para tentar dar a minha opinião acerca desta questão quanto você(s) querem dar a parecer…
Não acho, realmente que seja discriminatório para com as mulheres.. Acho sim, em relação aos portadores de deficiências, que necessitam de uma zona mais “protegida” e com facilidades extra. Isto só para lhe(s) dar um exemplo concreto do que acho que realmente está mal…
Ate porque não acho que as mulheres tenham necessidade dessa “mais valia”.

O “poder” enunciado por mim, não quer, de forma alguma trazer a baila os parêntesis contratuais que se dignou a referenciar, e que desde já aproveito para dizer que considero, esses sim, discriminatórios, e para os quais estou contra.
Como referi, não era esse o tema da minha dissertação, muito menos me dispus a “passar um atestado de ignorância”, humilha-las, ou “ganhar um diploma criando um estado de fraqueza e de incompetência sobre quem critica, luta e se move activamente pelos direitos humanos ”…
Agradeço desde já que não atente contra os meus princípios, nem tente manipular as minhas “palavras” com o objectivo de me colocar numa relação bélica com a luta pelos direitos humanos, do qual sempre fui defensor!

Quanto aos responsáveis por esse tipo de iniciativas, esclareça-me, quem são? Será que sabe o nome de todos os intervenientes? Vejamos depois se o termo “cavalheirismo medíocre” se aplica… Ou se simplesmente nos vamos deparar com um “auto-golo”…

Isto era realmente o que queria focar quando falei na presença de mulheres em todas as posições. O facto desta “discriminação” ter passado pelas mãos de varias mulheres, e mesmo assim ter ganho pernas para andar… Não sou eu que sou “incoerente e pouco esclarecido”… Alguém é que não estudou a matéria toda…


“Relativamente à decoração dos WC’s gostaríamos de lhe dizer que “bolinha preta não é bolinha branca”, ou seja, gostaria de ficar esclarecido em relação à diferença entre vitrines insufláveis, “caras” e “fotos” ? Pois bem, mesmo que não queira, tomamos a iniciativa: há caras que são universais, há fotos propositadas para determinado contexto, mas bonecos insufláveis fora do contexto?!”

Ah?!...

Não percebi… Ou melhor, você não percebeu… No texto anterior quando falei das “fotos, só de cara...” era só para informar que já se tinham utilizado “decorações” do género anteriormente… Não para defender as actuais, nem tentar diferencia-las, ou para as equiparar…
Se da, ou não prazer a quem os defende, isso não sei, porque me limito a observar, como arte…. Não acho que se trate de exploração, pois há, pelo mundo fora géneros artísticos que utilizam formas humanas (de ambos os sexos) para conceberem as suas obras.
Mas isso é uma opinião própria, a qual também têm direito, opinião que nunca contrariei, nem condenei.
Considero no entanto, tratar-se de um acto “discriminatório” sim, no sentido em que, deveriam ter sido colocados manequins masculinos no “WC” feminino, ou, como referi no outro texto, “optar por fazer de outra forma em ambos....”.

“Encontra alguma funcionalidade no uso da imagem feminina?! Então, porque a advoga?”

Para que me colocar essa pergunta, se logo na frase seguinte responde por mim..?
Mas por acaso não a advogo…… E como muito bem afirma, são “despropositadas para uma massa vulnerável”, e concerteza que existem homens que se choquem com esse mesmo tipo de “vitrines”.
Para terminar, quero-lhe relembrar que a minha defesa não é contraditória, pelo facto de não a ter defendido, e também porque, por acaso ate tenho uma vaga sensação de que fui eu mesmo que lancei a critica em relação ao possível incómodo, no que diz respeito às crianças…… Preocupação que deveria ser sua (vossa) também, mas a guerra dos sexos é muito mais interessante…
Penso que em vez de tentar responder a si mesma, e por mim, deveria reler o que escrevo para poder entender um pouco mais do que lá esta….
Mas dou-lhe o beneficio da duvida, visto estarmos numa época de esforços mentais suplementares, onde erros de interpretação, e avaliação se sucedem…

“Medíocres continuarão a ser críticas pouco claras, que deixam marcas ou sinais só por tendência e por mero acaso.”- Esta frase tem tanto a ver com as minhas criticas quanto o meu nome tem com aquele que foi por si colocado no início deste seu ultimo texto…………

Atenciosamente…

13:23  
Anonymous Anónimo said...

Caro Phillipe,

A luta pela igualdade, para mim, não é aceitar de ânimo leve as contradições da vida, como aquelas que fazem tema neste texto tais como a discriminação sexista e a consequente conversão de um juízo estático ou passivo sobre a mesma. Se há sexismo, se há discriminação, se há exclusão, se há um conjunto de problemáticas ruidosas e de uma enorme gravidade não penso que será mais justo encontrar uma série de argumentos que atenuem estas realidades, porque a elas se mostra concordante, mas antes argumentar sobre as mesmas com justeza, clareza e pertinência. Se, aos meus olhos, há discriminação pelo facto de estar perante uma vitrine expositiva de bonecas insufláveis e pelo facto de serem concedidos estacionamentos às mulheres só porque elas são menos ágeis, só porque elas são alvo de assaltos e só porque elas são as únicas que vão às compras (ficam junto das portas de saída) não encontro forma leve de tratar o problema. No meu ver, para muitos os problemas não têm solução porque são mal colocados, mas não é o caso, visto que há um problema grave que requer uma solução: os estacionamentos devem ser universais não categorizando os mesmos pelo sexo ou “problema psiquícos, físico ou outro”. De facto, a inclusão social não categoriza, não rotula, não estigmatiza - o que não é o caso!

Ora, se para si, os meus argumentos não merecem qualquer comentário, deixe-me que lhe diga que me é absolutamente indiferente, pois apesar de não intencionar a concordância respeito as expressões de todos os comentadores e não encontro nenhuma vantagem formativa nas indiferenças exteriores. Respeito todos os pontos de vista, mas não aceito deturpações!

De facto, quando advoga que os deficientes merecem ter zonas protegidas com facilidades de acesso, só eles e apenas os mesmos, deixe-me que lhe diga que é melhor pensar bem, porque a sua ideia está muito aquém das suas expectativas - admita-me a intromissão. Já alguma vez frequentou este shopping? Então desloque-se ao mesmo e veja que tipo de facilidades estão discriminadas e depois critique com bom senso – um conselho prático. Na realidade continuo a achar que para uma massa se sentir “normalizada” deverá antes de mais ser tratada como tal: igual a si mesma e a outras tantas - crianças, mulheres, homens, idosos, deficientes ou quem quer que seja. As ajudas especiais são teoricamente pensadas, mas na prática não vejo nada. Dirija-se ao shopping e avalie as suas expectativas da forma mais correcta e coerente.

Mas desde quando é que fui contra os seus príncipios?! Por acaso, entrei no campo da ofensa?! Ofensivas são de facto posições que consideram que a discriminação é uma “mais valia” para as mulheres pelo facto de só elas terem direito a um conjunto de deveres que compõem o quadro da discriminação sexista! Para si, é uma “mais valia” a diferença?! Para mim nunca! Ah! Se levanto a questão e dou a resposta lamento, também o pode fazer - basta redigir – é uma questão de prática!

“Quanto aos responsáveis por esse tipo de iniciativas, esclareça-me, quem são? Será que sabe o nome de todos os intervenientes? Vejamos depois se o termo “cavalheirismo medíocre” se aplica… Ou se simplesmente nos vamos deparar com um “auto-golo”…” – bem, quanto a este facto estou muito mais informada do que imagina. Se há um “auto-golo” no seu ver creio que tenha mais a ver com a força da dominação masculina que enraiza valores de um eterno convencionalismo na submissão. E aqui cria-se uma relação de dominado – dominante, ou seja, muitas mulheres são influenciadas pelo estrutura patriarcal, com medo de represálias. Mas a luta feminista continua... Como vê, quem não estudou a matéria toda foi o caro Phillipe. Reitero: muitas mulheres, com medo de represálias, por parte dos “dominates” masculinos vêem-se obrigadas a converger em muitas situações. Mas deixe-me que lhe diga não é o caso! Mais uma vez construiu uma moldura sem suporte!

Meu caro, quanto à decoração dos wc’s deixe – me fazer uma ressalva: eu, na minha pessoa, já frequentei a casa de banho masculina para tirar estas dúvidas, visto à saída do cinema as casas de banho femininas já estarem fechadas e fui enviada pela funcionária para as masculinas. Tem mais provas que eu?! A montra das casas de banho masculinas são auntênticas cópias de mulheres quase despidas, em montras de oferta masculina. Porque será que as bonecas não se encontram nos wc’s femininos, se no seu ver há simplesmente um bom gosto artístico?! Bem, tanto quanto eu sei na casa de banho das mulheres há dois homens vestidinhos dos pés à cabeça, quase que alusivos a um concerto de rock’n’roll. Onde estão os seus testemunhos caro comentador?! Factos sem provas não – no mínimo absurdo!

“Para que me colocar essa pergunta, se logo na frase seguinte responde por mim..?” – respondo por si? Mais uma vez lhe digo que basta redigir – é uma questão de prática! Não me fico pelo prefácio...

A guerra dos sexos não é interessante, interessante é a passividade com que trata o problema! Mas a luta pela igualdade e pelos direitos humanos contraria aquilo que para você se resume a um “erro de interpretação”.

Pensamentos perdidos pelo tempo situam-nos e reforçam ainda mais a nossa intenção: activismo e atitude!

Atentamente.
Membro do grupo feminista:
Ana Ferreira
(com todas as letras)

15:38  
Anonymous Anónimo said...

Ana,

Desde já aproveito para pedir desculpa pela "ausência" prolongada, mas assuntos profissionais, e pessoais impediram me de responder atempadamente ao seu post...
Espero não ter causado a impressão, por mais ligeira que tenha sido, de que não iria responder... pois não é, de forma nenhuma, parte integrante da minha personalidade, muito menos quando tenho razão…
Este tempo de "ausência/reflexão" levou me, ainda que ligeiramente, a reflectir sobre o assunto, sem, obviamente lhe dar demasiada importância, pois se trata de algo "leve" comparando com os reais problemas do nosso dia-a-dia, como é o caso dos demais assuntos tratados hoje em dia, inclusive no seu blog. Problemas/assuntos, que esses sim merecem a nossa atenção total.... Ao contrário daquilo que muita gente diz e faz....

Em relação ao seu post...

..."pelo facto de serem concedidos estacionamentos às mulheres só porque elas são menos ágeis, só porque elas são alvo de assaltos e só porque elas são as únicas que vão às compras"...?
É você que o diz....critica quem "rebaixa" as mulheres, mas você faz o, e de forma categórica!!
Sou contra essa sua opinião, não sou da opinião que as mulheres sejam menos ágeis ou capazes que nos… Eu também vou as compras...será que isso faz de mim mulher..?? Por amor de Deus......

O 3' paragrafo não merece qualquer comentário, pois deve servir de resposta a outro comentário qualquer menos ao meu, pois se encontra terrivelmente desadequado... pois, realmente advogo que pessoas com determinadas deficiências merecem ter facilidades acrescidas, mas nunca disse se esse shopping preenche esses requisitos ou não...

Desde quando, para se atentar contra os princípios de alguém é estritamente necessário recorrer-se a ofensa..?
Quando disse que estava a atentar contra os meus princípios, refiro me a tentativa de por palavras na minha boca, e de me por no lado oposto da "guerra"!
Não sou contra as diferenças, sejam elas quais forem, sou apologista da igualdade de direitos! Não admito que me insinuem o contrário...

""Deixe-me que lhe diga que se a sua intenção, contrariamente à nossa, é humilhar-nos e ganhar um diploma criando um estado de fraqueza e de incompetência sobre quem critica, luta e se move activamente pelos direitos humanos, digo-lhe de passagem que é um jogo nulo, ou não sejamos nós conhecedoras do significa da “indiferença”.""

Quanto ao facto de me propor colocar uma questão e responder de imediato....
Não obrigado!! Tenho confiança nas minhas capacidades, e estou certo que as minhas questões têm a interpretação desejada no destinatário, e portanto não repondo de imediato, com receio que a outra pessoa não a entenda.
Por outro lado quando faço uma pergunta, espero dela uma resposta, pois tenho confiança nas minhas teses, e não me limito a lançar foguetes...

Muito agradecido pelo conselho Ana, mas dispenso o categoricamente, pois redigir é algo que faço a muito. E não preciso de “trabalhar em grupo” para expor as minhas ideias…
Quanto a "questão de pratica", felizmente não me falta, e não a confundo com outros termos menos elogiosos...

Não sei o nome de todos os intervenientes, mas acredito que você sabe, já que esta tão bem informada... e agora desminta me...
Existem mulheres entre esses tais intervenientes, certo?
Por mais "pequena" que seja a sua tarefa...
Faça me um favor e diga me que não... Se puder, claro...
Porque não levantaram elas a voz?
Se calhar porque ate lhes da jeito o tal estacionamento, se calhar elas, e muitas utilizadoras não acham discriminatório....
...Quem é que não tem frequentado as aulas...???

Já agora… Não querem tornar esses lugares, em lugares exclusivos para homens, e até mesmo criarem uns em todos os shoppings, exclusivos para nós? Eu não me oponho, até agradeço…

""Meu caro, quanto à decoração dos wc’s deixe – me fazer uma ressalva: eu, na minha pessoa, já frequentei a casa de banho masculina para tirar estas dúvidas, visto à saída do cinema as casas de banho femininas já estarem fechadas e fui enviada pela funcionária para as masculinas. Tem mais provas que eu?! A montra das casas de banho masculinas são auntênticas cópias de mulheres quase despidas, em montras de oferta masculina. Porque será que as bonecas não se encontram nos wc’s femininos, se no seu ver há simplesmente um bom gosto artístico?! Bem, tanto quanto eu sei na casa de banho das mulheres há dois homens vestidinhos dos pés à cabeça, quase que alusivos a um concerto de rock’n’roll. Onde estão os seus testemunhos caro comentador?! Factos sem provas não – no mínimo absurdo!""

Ah!?

"Tem mais provas que eu?!"
Nunca disse que não existiam esses tais manequins.

"Porque será que as bonecas não se encontram nos wc’s femininos, se no seu ver há simplesmente um bom gosto artístico?!"
Tem de perguntar ao decorador/a.

"Factos sem provas não – no mínimo absurdo!"
Cara Ana, lamento informa-la, mas o mundo não se resume a Portugal, ou neste caso a S.Joao da Madeira. Existem mais cidades, mais países…
Outra novidade... Este caso não é único...
Mais ainda, sabia que há empresas especializadas no ramo.... e acredite que é no ramo artístico, logo é considerado como arte... E aqui espero que tenha a amabilidade de não me desmentir, porque sei bem do que falo…
"Factos sem provas não – no mínimo absurdo!"

O problema não é a discriminação, nem o uso "abusivo" das imagens pessoais ou colectivas, o problema é não evoluir com o resto dos seres humanos......

""“Para que me colocar essa pergunta, se logo na frase seguinte responde por mim..?” – respondo por si? Mais uma vez lhe digo que basta redigir – é uma questão de prática! Não me fico pelo prefácio...""

Já estou a ver que a sua pratica se baseia na repetição de frases com palavras diferentes... Se quiser, disponibilizo me para lhe ensinar umas técnicas de escrita…


"A guerra dos sexos não é interessante, interessante é a passividade com que trata o problema!"

Não é passividade, mas esta lá quase, apenas acho, como referi anteriormente, que há assuntos mais importantes... Alias, acho não, tenho a certeza, mas...
A guerra dos sexos é bem mais importante...

“ (com todas as letras)"
Não percebeu, como sempre..........

Vou tentar descomplicar... Agradeço ser chamado pelo meu nome, sem alterações...
Philippe...

Com os melhores cumprimentos...

17:41  

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