O NINHO: 40 anos no combate à prostituição
'O Ninho' consiste numa instituição particular de segurança social (IPSS) direccionada para a “promoção humana e social de mulheres vítimas de prostituição” e, em 2007, completa 40 anos de existência. Década a década, ‘O Ninho’ apostou na optimização crescente dos seus serviços e, na actualidade, desenvolve um intenso trabalho junto de mulheres prostitutas, na rua e nos bares, estabelecendo “relações empáticas e de confiança”. Dispõe de um centro de atendimento, que escuta e proporciona um acompanhamento psicossocial às prostitutas; de uma lar que as acolhe em fase de reinserção social; de uma Oficina que aposta na sua formação profissional e lhes atribui um salário mensal. A instituição presta ainda apoio psicológico, psicoterapêutico e jurídico, bem como diligencia a sensibilização dos poderes políticos e da sociedade para os problemas que a prostituição encerra.
“Explorar o corpo, reduzi-lo a objecto, é a negação da liberdade”:
'O Ninho' não estabelece distinção entre prostituição forçada e prostituição voluntária ou livre. Não há “uma má e uma boa prostituição”, pois considera que esta destrinça visa “banalizar e legalizar a prostituição, dar-lhe uma fachada de dignidade e, como consequência, legitimar o proxenetismo”.
Com efeito, ‘O Ninho’ refuta a legalização da prostituição na medida em que a considera um instrumento imunizador das máfias e redes que traficam crianças, mulheres e homens. De acordo com a instituição, o combate à prostituição passa irremediavelmente por uma “política social global, uma transformação das estruturas e uma mudança de mentalidades”.
“Na altura em que as sociedades se batem pela paridade, pela representação social e política das mulheres, como resignar-se a acantoná-las na prostituição?”, interroga-se ‘O Ninho’ (e eu também!).
Com efeito, ‘O Ninho’ refuta a legalização da prostituição na medida em que a considera um instrumento imunizador das máfias e redes que traficam crianças, mulheres e homens. De acordo com a instituição, o combate à prostituição passa irremediavelmente por uma “política social global, uma transformação das estruturas e uma mudança de mentalidades”.
“Na altura em que as sociedades se batem pela paridade, pela representação social e política das mulheres, como resignar-se a acantoná-las na prostituição?”, interroga-se ‘O Ninho’ (e eu também!).
Anabela Santos
Etiquetas: Dia Internacional da Mulher, Prostituição
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