O Swig é uma realidade que ultrapassa o campo do convencional e chega a fazer parte de uma Era Moderna caracterizada por um tipo de solidariedade orgânica. Ou seja, esta prática alternativa de interesse sociológico está a aumentar na Sociedade Hodierna, em torno de uma nova ordem e moral sexuais.
Neste sentido, a Sociologia do Corpo postula a ideia de que o corpo tem uma base biológica que vai sendo alterada e modificada nos diferentes contextos sociais. Para além disso, a abordagem fenomenológica centra-se no conceito de “corpo vivido” e na ideia de que a consciência humana está invariavelmente incrustada no corpo. Presume-se que o “corpo vivido” constrói e é construído pela realidade social. O ser humano é, então, um agente social incorporado.
Em contrapartida, podemos relacionar o corpo com as relações de poder. Ou seja, as categorias sociais são literalmente inscritas no e dentro do corpo, como justificativas de hierarquia, diferença e exclusão, actuando como uma expressão do social, local e dos mundos morais. Há, assim, uma espécie de imposição de um sistema de ordem simbólica.
Segundo Foucault, o corpo está sujeito a um poder muito fixado que lhe impõe constrangimentos, interdições e obrigações. O corpo funciona, desta forma, como transmissor e receptor de informação, em função do posicionamento do indivíduo na sociedade. No entanto, a prática do swing vem contradizer esta interdição.
O investimento nesta prática obedece a uma lógica de distinção e traduz-se num resultado classificatório, como estilo de vida. Portanto, os swingers incorporam gostos, hábitos, um estilo de vida especifíco e desempenham uma actividade centrada na lógica da “distinção social”.
Em meu nome, sugiro a obra de Júlio Morgado: “Swing”.
Ana Ferreira
(anarafaelaferreira@gmail.com)
Etiquetas: Dia Internacional da Mulher
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